O Homem, a Centelha divina esquecida de si mesma

É triste ver como as pessoas desperdiçam oportunidades preciosas de crescimento. Alienadas de sua essência, caminham inconscientes pelo mundo, achando que são senhoras de seu destino. Vagueiam aleatoriamente pensando que escolhem seu rumo, seu fim.
O HOMEM, A CENTELHA DIVINA ESQUECIDA DE SI MESMA

É triste ver como as pessoas desperdiçam oportunidades preciosas de crescimento. Alienadas de sua essência, caminham inconscientes pelo mundo, achando que são senhoras de seu destino. Vagueiam aleatoriamente pensando que escolhem seu rumo, seu fim.

Comparando essências, até o verme * que se arrasta pela terra é um ser mais consciente do que o homem. Sem noção de individualidade, cumpre seu papel
cósmico, obedecendo naturalmente os comandos divinos. Sem deixar de ser o que é, funde-se ao todo ao cumprir sua função, para a qual Deus o
criou, permitindo sua existência.

O homem, entretanto, com toda consciência de si mesmo, bem maior do que os outros seres, faz questão de ignorar sua origem divina, sua essência
cósmica, e quer tornar-se senhor em um mundo onde não sabe a diferença entre realidade e ilusão, onde não é capaz de dominar nem os próprios
pensamentos.

Ri dos outros, sem perceber que, na verdade, ri de si mesmo.
Atribui suas lágrimas aos outros, sem se dar conta que chora por sua própria causa.

Agride os outros, sem pensar que primeiro agride a si mesmo.
Nega-se a amar, sem refletir que está negando para si mesmo o amor.

Recusa-se a estender a mão, sem se lembrar que recusa a si próprio a mão estendida.
Pobre homem, ilhado em seu orgulho e cego em seu egoísmo, rejeita o próximo sem atinar que o que rejeita no próximo está em sua própria essência.
No entanto, o universo se manifesta num ir e vir eterno e infinito.

E quem se recusa a entrar no ritmo desse movimento, sofre o atrito das ondas cósmicas que o jogam de um lado a outro na fileira das reencarnações, até que
aprenda a dar e receber espontaneamente, no fluxo natural da Criação, sem que para isso seja preciso fazer qualquer esforço ou sacrifício.

– Maísa Intelisano – São Paulo, 30 de julho de 2002.

* Nota de Wagner Borges: Peço licença a Maísa para enriquecer o seu texto com os escritos que seguem logo abaixo.

TUDO É UM!

Olhem para o “oceano” e não para a “onda”; não vejam diferença entre a formiga e o anjo. Cada verme é irmão do Nazareno. Como dizer que um é maior e o outro é menor ?

Cada qual é grande no seu próprio lugar. Nós estamos no sol e nas estrelas, tanto quanto aqui. O espírito está além do espaço e do tempo – está em todas as partes. Cada boca que chama por Deus é a minha boca, cada olho que vê é meu olho.

Não estamos confinados a nenhuma parte; não somos corpo – o universo é nosso corpo – Somos magos que agitamos uma vara mágica e criamos cenas segundo a nossa vontade. Somos a aranha, em sua enorme teia, que pode ir para onde quiser, caminhando por qualquer dos seus múltiplos fios. A aranha só está consciente do ponto onde se encontra, porém, com o tempo, tomará conhecimento de toda a teia.

Agora, somos conscientes somente do lugar onde o corpo está, somente podemos usar nosso cérebro; porém, quando adquirirmos a ultra-consciência, conheceremos tudo, poderemos usar todos os cérebros. Neste mesmo instante podemos dar um empurrão na consciência e ela irá além, atuando no supra consciente.

Estamos nos esforçando por ser, e nada mais; assim, nada resta do Eu – como cristal puro que tudo reflete, porém que é sempre o mesmo. Quando se alcançou este estado, já não resta nada a fazer; o corpo se torna um simples mecanismo, puro, sem necessidade de cuidados, já que não pode tornar-se impuro.
Saibam que são o Infinito e o temor desaparecerá.

Digam sempre : “eu e meu Pai somos um!”

– Swami Vivekananda (1862-1902)

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