Não tenho certeza se Eminem já conseguiu escapar do domínio dos Illuminati – a sociedade secreta de manipuladores para a qual entrou anos atrás em troca de riqueza, fama e poder -, mas eu sei que está fazendo o possível. Diversas pessoas online me dizem isso. Para começar, existe uma página do Yahoo Respostas que traz a pergunta “Eminem está tentando se libertar dos Illuminati?” e oferece uma investigação espirituosa e análise de mensagens secretas contra a ordem escondidas na música “Not Afraid”. Existe um fórum de discussão de quatro páginas intitulado “Eminem é escravo dos Illuminati?” Um vídeo do YouTube chamado “Eminem vs. Illuminati” explica, usando um texto solene e uma música assustadora, que o M.C. de Detroit não batizou uma música de “Cinderella Man” porque o roteiro redentor do filme homônimo, conhecido no Brasil como “A Luta pela Esperança”, tem a ver com sua superação do vício em drogas, mas porque, como Cinderela e suas perversas meias-irmãs, o artista foi “forçado a fazer tarefas para os Illuminati, enviando mensagens subliminares por meio de sua música”. Ignore qualquer bobão da seção de comentários que ficar bradando que isso é ridículo. Quando aquele vídeo termina, a caçada pela verdade apenas começa. A partir de uma lista de vídeos relacionados sugeridos, pode-se escolher “Eminem: seu sacrifício aos Illuminati Parte 1”, “Eminem contra-ataca os Illuminati”, “Eminem contra os Illuminati 2011!”, “Eminem, meu querido Illuminati” e assim por diante. Alguns vídeos envolvendo essa questão foram vistos cinco mil vezes. Outros, perto de 300 mil vezes.
Nosso comentário: É incorreto dizer que um artista é Illuminati. Pelo menos as fontes mais sérias desse tipo de informação sempre frisou que os Illuminati é um termo utilizado para denominar a elite mundial oculta, de linhagem sanguínea milenar, que detém poder sobre as maiores corporações, também sobre a indústria da música. Assim, um artista é condicionado a aceitar um acordo, que inclui vender uma agenda para manipular os jovens. Outros são iniciados ao ocultismo e alguns são submetidos ao controle mental monarca para serem peças facilmente utilizadas. Muitos artistas não têm consciência de quem realmente sejam os Illuminati ou têm uma visão limitada desse assunto, enquanto outros parecem bastante conscientes. De um modo geral e indireto, os artistas apenas trabalham para os Illuminati.
Bem-vindo ao mundo das teorias da conspiração da música pop, uma popular indústria de denúncias na qual Eminem é um dos muitos artistas evocados por instigadores anônimos da afinidade iluminista. As melhores teorias da conspiração costumam ser as mais malucas, e esta vai até o topo das paradas. Jay-Z? Uma “marionete dos Illuminati”. Lady Gaga? Uma “prostituta dos Illuminati”. Kanye West, Lil Wayne, Beyoncé, Rihanna _ todos agentes dos Illuminati. (Michael Jackson e 2Pac, por sua vez, foram vítimas de assassinatos ordenados pelos Illuminati.) A investigação dos Illuminati se espalha de forma desordenada, mas vigorosa, por inúmeros sites, do YouTube ao Twitter, de fóruns de discussão de fãs a lojas especializadas, como VigilantCitizen.com. O olho treinado sabe identificar roupas escolhidas pelos Illuminati, como joias com temática de bode e camisetas, usadas em tributo ostensivo a Baphomet, deidade cornuda pagã que intrigou Aleister Crowley. Existe um sistema de sinais visuais com as mãos, como enquadrar o olho formando uma pirâmide com as mãos ou isolando um olho para evocar o “olho que tudo vê” da nota de um dólar, uma imagem de origem maçônica. Existem letras de música Illuminati, como a menção de Eminem a uma “nova ordem mundial” em “Lose Yourself” ou as referências que ele e Jay-Z fizeram, separadamente, a uma figura poderosa e misteriosa chamada “Rain Man” (os teóricos parecem desconhecer a página de Dustin Hoffman no IMDb).
Nosso comentário: A menção frequente do nome “Rain Man” pelos artistas não se dá por causa do filme “Rain Man”, com Dustin Hoffman; é o contrário. Rain Man é um simbolismo dado a uma espécie de demônio, com o qual eles obtêm sucesso, dinheiro e fama. O filme foi feito para simbolizar “Rain Man” (e de fato o enredo tem a ver com isso). Também, o filme serve como uma “desculpa esfarrapada” para explicar tantas menções a esse nome toda vez que eles forem interrogados a respeito de “Rain Man”. Assista a A Indústria da Música – Parte 5 – Vendendo a Alma ao Diabo.
O “meme” dos Illuminati no pop tem uma força tremenda. Referências a essa sociedade secreta começaram a pintar em músicas de hip-hop no começo da década de 90, mas, com a chegada da internet de banda larga, as conspirações dos Illuminati receberam a mesma injeção de esteroides que a pornografia e as fotografias de gatos. Esses teóricos ocupam a periferia da música, mas, mesmo assim, sua mensagem chegou à grande mídia. No final de 2009, um repórter da CNN achou adequado perguntar a Lady Gaga sobre os boatos dos Illuminati (ela se recusou a responder). Rihanna reconheceu em tom de brincadeira as acusações de envolvimento com a sociedade secreta no clipe “S&M”. (Manchetes falsas pipocam na tela descrevendo-a como “princesa dos Illuminati”.) E numa música de 2011 com Rick Ross (que também pode estar sob controle dos Illuminati), Jay-Z dedicou um verso a negar a afiliação à maçonaria: “Eu falei que era incrível, não que sou maçom.”
Nosso comentário: De fato, as teorias da conspiração referentes à indústria da música estão chamando atenção dos “donos do mundo”. Porém, ao mesmo tempo, esses boatos podem servir para uma espécie de “agenda do inocentes”. No vídeo, S&M, Rihanna posa de inocente, injustiçada por uma “mídia malvada” e um bando de “haters” dizendo que ela fez um pacto. Assim, os fãs se tornariam comiserados da situação e descredibilizariam essas interpretações conspiratórias por mais coerente que fossem. Assista a Rihanna – Análise em S&M.
Os Illuminati de Weishaupt entraram em conflito com Carlos Teodoro, príncipe eleitor da Baviera, que sentiu o clima de sedição e publicou um decreto em 1784, segundo Magee, “determinando que eles se dispersassem”. Nascidos como um bicho-papão reformista em oposição ao poder arraigado e por fim por ele extintos, os Illuminati sucumbiram em 1787, mas sobreviveram na imaginação conservadora. Numa reportagem publicada em 1995 pela revista “New Yorker” sobre a ascensão das teorias da conspiração nos Estados Unidos, Michael Kelly menciona os Illuminati como os maiores fantasmas na chamada teoria da Nova Ordem Mundial, cujas bases foram assentadas, entre outros lugares, pelo “Blue Book” da John Birch Society, de 1958. (A Ordem dos Illuminati também tem papel central no livro “The New World Order” do reverendo Pat Robertson, de 1991.) Segundo Kelly, na teoria da Nova Ordem Mundial, os Illuminati são apenas um elo da nefanda cadeia de “sociedades secretas e semissecretas que se estendem através do tempo e das culturas”, dos “gnósticos do cristianismo primitivo”, passando pelos maçons e chegando aos “maquinadores do século 20”. O objetivo aparente dos titereiros das sombras como os Illuminati é “destruir a ordem cristã estabelecida das nações ocidentais e substituí-la por um governo global socialista e ateu”.
Nosso comentário: Entenda melhor quem são os Illuminati: A Ordem Illuminati: Suas Origens, seus Métodos e Sua Influência Sobre os Eventos Mundiais.
Se a última frase ativou seu sensor Tea Party, era essa a intenção – e se você pensava que as pessoas desperdiçavam muita energia na internet investigando as ligações de Eminem com sociedades secretas, faça uma pesquisa com “Obama” e “Illuminati”. Existe um forte sabor fundamentalista cristão em grande parte das conversas do Iluminismo pop, um temor mal dissimulado de que Lady Gaga e Jay-Z sejam agentes do Anticristo, cuja missão é subjugar as massas e transformar “nossas” crianças em homossexuais e/ou negras. As suspeitas de ligação com os Illuminati têm a ver, de certa forma, com praticamente todo astro da música – Bob Dylan, Taylor Swift e até Celine Dion! No entanto, parece mais do que mero acaso que Jay-Z e Lady Gaga sejam os alvos principais: um negro fascinante, muito rico e que fala de política sem papas na língua e uma esquisitona pró-gay que mistura gêneros. A caçada aos Illuminati pop é uma volta ao tempo em que grupos de pais esquadrinhavam músicas do Led Zeppelin e Black Sabbath em busca de referências ocultistas, mas numa versão da guerra cultural da era da Fox News.
Nosso cometário: A ocorrência de posts e vídeos utilizando um determinado artista tem a ver com a incidência de simbolismo e outras evidências em seus trabalhos; isso não é uma escolha. Os simbolismos e evidências estão aí e são postos na frente de todos a fim de que julguem o que devam fazer.
David Remnick, da “New Yorker”, observou numa reportagem de 2005 sobre as teorias da conspiração do furacão Katrina que elas pertenciam a uma longa história de teorias do gênero (da Aids como arma de um genocídio orquestrado pela CIA, do refrigerante Tropical Fantasy como ferramenta de um complô de esterilização da KKK, etc.). Segundo ele, tais teorias representam “contranarrativas” que indicam e expressam, ainda que de forma fantástica, o lugar tenso que os negros ainda ocupam na sociedade americana, apesar das narrativas populares de progresso social, de crescimento da classe média negra e assim por diante. De forma similar, a paranoia Illuminati dentro dos círculos do rap ataca e reduz a grande narrativa enaltecedora do sucesso negro descomunal, oferecida pelo hip-hop; a teoria Illuminati, nesta iteração, é o sintoma de uma raiva e alienação mais ampla. A única forma pela qual Jay-Z, ou qualquer negro, poderia ter sucesso nos Estados Unidos, segundo essa linha de pensamento, seria capitulando e transformando-se em peão das pessoas que sempre tomaram as decisões. Quando Kanye West canta em “Power” que “neste mundo do homem branco, somos os escolhidos”, ele faz uma queixa implícita sobre os limites da mobilidade negra. Ironicamente, alguns teóricos da conspiração do pop entenderam o verso, em conjunto com videoclipe rico em símbolos da canção, como uma confissão de afiliação aos Illuminati.
West abordou os boatos envolvendo os Illuminati de forma provocadora no Twitter. “Illuminati e adorar o diabo são a mesma coisa… eles têm uma rede social na qual as celebridades podem entrar”, ele escreveu, acrescentando: “Pergunta: dá para adorar o diabo no novo iPhone??? KKKK!!!” As piadas de West apontam para uma razão gritante pela qual a teoria dos Illuminati pop se mostrou tão contagiante: é um grande barato transformar o ato de ouvir música pop numa caçada por simbolismos ocultos à altura de “O Código Da Vinci”. E, por sua vez, por que West e Jay-Z não podem se divertir com isso? Sem dúvida, West sabia que o “Olho de Hórus” tinha papel central na tradição Illuminati quando encomendou um colar de Hórus gigantesco. Jay-Z deve estar ciente de que inserir a imagem de um crânio ao estilo de Baphomet no clipe de “On to the Next One” iria estimular os teóricos. Há pouco tempo, West passou a usar diversas roupas com desenhos de rottweiler. Ao ver os mesmos cachorros nas ilustrações do single “H.A.M.”, de Watch the Throne, um teórico dos Illuminati os conectou, naturalmente, a Cérbero, guardião dos infernos. Os rottweilers vêm a ser um motivo recorrente na linha atual da Givenchy, na qual camisetas de rottweiler são vendidas a US$ 265. Seria de se esperar que os membros dos Illuminati tivessem descontos.
Nosso comentário: Sim, em certa medida, muitos simbolismos e mensagens subliminares foram colocadas nos vídeos de forma proposital; para instigar à “caçada”. No entanto, idependentemente da intenção, o simbolismo é real, tem um significado oculto e é conhecido apenas por pessoas que estão envolvidas nessas sociedades secretas. Jay-Z não teria motivo para colocar simbolismo em seus vídeos de forma proposital no tempo em que ninguém suspeitava de sua relação com o oculto. Assim como outros, Jay-Z e Kanye West são marionetes nas mãos de homens mais poderosos. Se Kanye encomendou um colár de Hórus, se Gaga lançou um música chamada “Judas” ou se Jay-Z incorporou o 666 em sua música, tenha certeza que não foi por que eles tiveram essa ideia. O maior erro é pensar que artistas são livres e independentes dentro da indústria da música.
Conclusão

Criador do Site Verdade Mundial, fotógrafo por amor e profissão. Um inquieto da sociedade! Acredito que podemos mudar o pensamento das massas com a informação. Temos as ferramentas e a vontade de ver um Mundo melhor e livre. Estamos nessa luta há dez anos e em frente!