Metal se restaura automaticamente e pode mudar a engenharia

A descoberta do metal se curando sozinho foi feita pelo acaso durante outro experimento que testava a resistência do material

Os metais são conhecidos por uma série de propriedades, como condutividade, resistência e alto ponto de fusão e ebulição que fazem com que eles tenham diversas utilidades. Agora, pesquisadores observaram um metal se curando, um processo que se compreendido e controlado poderá dar início a uma nova era na engenharia. 

O Metal maleável de Roswell

O major Marcel afirmou, mais de três décadas depois, em 1979, que o metal era extremamente fino. “Era possível flexionar esse material para frente e para trás, até mesmo enrugá-lo, mas você não poderia fazer um vinco nele que permanecesse, nem mesmo amassá-lo” – nem mesmo com uma marreta. 2 “Eu quase teria que descrevê-lo como um metal com propriedades plásticas” (Marcel 1979).

“Mac” Brazel, que realmente encontrou os destroços, teve um filho Bill que ecoou a descrição do Major Marcel. De acordo com Bill Brazel, ao longo dos anos ele recolheu pequenos pedaços do estranho metal nas proximidades dos destroços originais. Ele descreveu isso como:

“vários pedaços de uma substância semelhante a metal, algo da ordem de papel alumínio, exceto que esse material não rasgaria e na verdade era um pouco mais escuro do que o papel alumínio – mais como folha de chumbo, exceto muito fino e extremamente leve. A coisa estranha sobre essa folha era que você poderia enrugá-la e colocá-la de volta e ela imediatamente retomava sua forma original. Era bem maleável, mas não dava para dobrá-lo ou dobrá-lo como o metal comum. Era quase como um tipo de plástico, exceto que era definitivamente de natureza metálica”. (Brazel 1979, 79)

A descoberta foi feita durante testes de resistência em pesquisas realizadas pela Sandia National Laboratories e da Texas A&M University. Os experimentos usaram uma técnica especializada de microscópio eletrônico de transmissão, onde as extremidades de um pedaço de platina de 40 nanômetros de espessura suspensos no vácuo foram puxadas 200 vezes por segundo.

Essa tensão e movimentos repetidos acabaram gerando rachaduras microscópicas que são conhecidas como danos de fadiga. Elas eventualmente podem causar a quebra de equipamentos e estruturas. O estranho do experimento, é que após 40 minutos da realização dos testes, a platina se auto curou, começando a se fundir e consertar em escalas ultra pequenas.

Foi absolutamente impressionante assistir em primeira mão. Nós certamente não estávamos procurando por isso.

Utilidades da autocura de metais

Ainda não se sabe as condições exatas em que o metal se autocurou e como elas poderiam ser reproduzidas e utilizadas. Mas é certo que metais com essas habilidades poderiam fazer a diferença e facilitar o conserto de diversas estruturas, desde pontes até celulares.

Apesar de ser a primeira vez em que esse processo foi observado, em 2013, um cientista de materiais, que também esteve envolvido no estudo recente, trabalhou em uma pesquisa que previu a autocura de nano fissuras, a partir de minúsculos grãos cristalinos dentro dos metais, mudando seus limites de resposta ao estresse.

Outro aspecto promissor da pesquisa, é o fato da autocura ter acontecido em temperatura ambiente. Uma das possíveis explicações é que tenha acontecido um processo conhecido como soldagem a frio, que ocorre quando superfícies metálicas se aproximam o suficiente para seus átomos se emaranham. No vácuo e em metais puros é ainda mais provável disso acontecer. O que resta saber, se esse processo poderá ser reproduzido em metais convencionais ou ambientes típicos. 

Minha esperança é que esta descoberta encoraje os pesquisadores de materiais a considerar que, nas circunstâncias certas, os materiais podem fazer coisas que nunca esperamos.

FONTE

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