Foi comemorado como um triunfo científico de importância histórica – a recuperação de um fundo marinho tropical remoto do que poderiam ser fragmentos de tecnologia alienígena. Mas agora as autoridades em Papua Nova Guiné acusaram os cientistas estrangeiros por trás da descoberta de “trapacear” seu país depois de removerem vestígios de um misterioso meteoro sem obter licenças de pesquisa científica.
No mês passado, o professor Avi Loeb, astrofísico de Harvard, anunciou que sua equipe recuperou com sucesso fragmentos do IM1, um meteoro que mergulhou na atmosfera da Terra em janeiro de 2014, terminando no mar da ilha de Manus, 420 quilômetros ao norte de Papua Nova Guiné. Por causa de sua resistência e da velocidade com que viajava, Loeb acredita que pode ser “de origem tecnológica” – em outras palavras, os restos de uma sonda ou espaçonave criada por uma civilização alienígena.
Outros cientistas consideram tal especulação prematura, na melhor das hipóteses, mas Loeb escreveu entusiasmado sobre a possibilidade de ganhar o Prêmio Nobel e reservou a enorme tela de vídeo na Times Square de Nova Iorque para fazer um anúncio se as evidências confirmarem sua teoria.
Em Papua Nova Guiné, no entanto, há perplexidade e indignação pelo fato de sua equipe ter contornado os canais convencionais de licenciamento e removido os fragmentos do meteoro sem um acordo claro sobre os benefícios que uma descoberta científica poderia trazer ao país.
O meteoro, do tamanho de uma pia de cozinha, entrou na atmosfera em 8 de janeiro de 2014 e foi detectado por satélites espiões americanos. Ao consultar leituras sismográficas feitas em Manus, Loeb e sua equipe reduziram o ponto estimado em que ele entrou no mar e passaram duas semanas no mês passado arrastando o fundo do mar com um trenó magnético que atraiu partículas metálicas da areia e da lama.
Entre eles encontraram 50 esferulas – contas metálicas de 0,1 mm a 0,7 mm de diâmetro – que se acredita serem do meteoro, que agora estão sendo analisadas nos Estados Unidos. Mesmo que não sejam os restos de uma espaçonave alienígena, o fato do meteoro se originar de fora do sistema solar da Terra é em si muito importante:
