Google expande uso de Inteligência Artificial em buscas e preocupa produtores de conteúdo
O Google anunciou nesta terça-feira que irá levar a inteligência artificial generativa para as buscas, a ferramenta mais popular da empresa. Isso significa que, em breve, os bilhões de usuários do sistema vão receber respostas geradas pela IA ao fazerem uma pesquisa no Google. E acendeu o alerta entre especialistas sobre a pouca visibilidade que os links para os conteúdos originais terão na nova visualização das buscas – o que pode dificultar o acesso à informação de qualidade.
O novo sistema será liberado para os usuários nos Estados Unidos a partir desta terça-feira. O objetivo é lançá-lo para mais países “em breve”, mas não existe uma data definida para a chegada ao Brasil. Até o fim do ano, a empresa espera que mais de um bilhão de pessoas que usam o buscador recebam as respostas geradas pela IA no topo das pesquisas, acima dos links.
O anúncio foi feito durante o Google I/O, evento mais importante no calendário da empresa. Na edição passada, a big tech havia apresentado o Gemini, família de modelos de inteligência artificial que tem sido implementada nas ferramentas do Google. Nesta terça, o CEO Sundar Pichai afirmou que mais de 2 bilhões de usuários de produtos da companhia já usam a IA.
Na apresentação, Liz Reid, vice-presidente e chefe de pesquisa do Google, explicou que a integração de resultados das buscas com inteligência artificial generativa é uma forma de fazer com que a IA faça o “trabalho braçal” das pesquisas para o usuário. O recurso foi chamado de “AI Overview” (“Resumos de IA”, em português).
— Às vezes você quer uma resposta rápida, mas não tem tempo para analisar tudo que está por aí. Com os Resumos de IA, a Busca fará o trabalho para você.— afirmou Reid.
