As Explosões Solares e os Acidentes Aéreos tem Relação?

Um buraco de aproximadamente 800 mil quilômetros de largura, equivalente a 62 vezes o tamanho da Terra, foi identificado na superfície do Sol. As imagens surpreendentes foram registradas pelo Observatório de Dinâmica Solar (SDO, na sigla em inglês) da Nasa, nessa quarta-feira (29/1).

De acordo com cientistas, a enorme fenda – chamada de buraco coronal – está expelindo ventos solares rápidos em direção à Terra, com mais de 500 km/segundo. É esperado que eles cheguem ao planeta até esta sexta-feira (31/1), causando uma tempestade geomagnética de baixa intensidade (nível G1).

Um buraco coronal é uma região na atmosfera externa do Sol (a coroa), onde o campo magnético solar se abre, permitindo que o vento composto por um fluxo contínuo de prótons e elétrons escape mais facilmente para o espaço.

Nas imagens ultravioletas, essas fendas parecem mais escuras porque os gases quentes que deveriam estar presos dentro dos campos magnéticos do Sol estão fluindo para o espaço.

Quando a atividade solar é direcionada para a Terra, ela pode desencadear tempestades geomagnéticas com potencial para interromper as operações de satélite, redes de energia, sistemas de navegação e comunicações de rádio.

Embora essas tempestades não sejam severas, elas também podem intensificar as exibições de auroras boreais, criando luzes vibrantes em latitudes mais altas do norte e sul do planeta.

“Quando um buraco coronal gira em direção ao centro do Sol (diretamente voltado para a Terra), a velocidade elevada inicia sua jornada em direção ao nosso planeta”, afirmou o cientista Shawn Dahl, coordenador do Centro de Previsão do Clima Espacial da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA, em comunicado.

Ao contrário das erupções solares, que duram pouco, os buracos coronais podem persistir por semanas ou até meses, girando com o Sol.

“Um grande buraco na atmosfera do Sol está diretamente voltado para a Terra e soprando uma corrente de vento solar em nossa direção. Tempo estimado de chegada: 31 de janeiro ou 1º de fevereiro. Pequenas tempestades geomagnéticas de classe G1 são possíveis quando o material gasoso atinge a Terra”, afirmam os cientistas do site especializado SpaceWeather.com.

Explosões solares e tempestades geomagnéticas podem, sim, afetar sistemas de navegação e comunicação aérea, especialmente em altas latitudes. No entanto, ainda não há evidências diretas que liguem tempestades solares recentes a um aumento no número de acidentes aéreos.

As erupções solares intensas podem causar:


Interferência em comunicações por rádio
– Impactando principalmente aeronaves que dependem de comunicações em HF (alta frequência), comuns em voos transoceânicos.
Problemas em GPS e sistemas de navegação – Isso pode afetar a precisão do posicionamento das aeronaves.
Efeitos em equipamentos eletrônicos – Em casos extremos, tempestades geomagnéticas podem induzir correntes elétricas em sistemas de bordo.

1️⃣ Evento de 1989 – Apagão no Canadá e Disrupção em Voos
Uma forte tempestade geomagnética causou um apagão na rede elétrica de Quebec.
Algumas aeronaves que voavam sobre o Atlântico Norte relataram falhas temporárias no sistema de navegação e comunicações de rádio em HF.

2️⃣ Tempestade Solar de Halloween (2003)
Essa foi uma das maiores tempestades solares registradas.
Causou interferências significativas em sistemas GPS.
Algumas companhias aéreas tiveram que desviar voos polares, pois as comunicações em HF foram interrompidas.
Satélites sofreram danos, o que poderia afetar sistemas de navegação aérea.

3️⃣ Tempestade de 2015 – Perturbação na Navegação Aérea
Em junho de 2015, uma tempestade geomagnética intensa levou a alertas para companhias aéreas.
Relatos indicam que algumas aeronaves enfrentaram dificuldades na precisão do GPS.

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