A vitória de Anora no Oscar 2025, superando o aclamado Ainda Estou Aqui, evidencia uma preocupante tendência da Academia em priorizar produções com apelo internacional e estética provocativa, em detrimento de obras que oferecem profundidade emocional e relevância histórica.
Anora: Uma Superficialidade Disfarçada de Crítica Social
Dirigido por Sean Baker, Anora apresenta-se como uma crítica ao “capitalismo tardio”, narrando a história de Ani, uma jovem trabalhadora sexual que se envolve com o filho de um oligarca russo. Apesar de sua premissa promissora, o filme recorre a clichês e estereótipos, oferecendo uma visão rasa das complexas questões que pretende abordar. A tentativa de equilibrar comédia e drama resulta em uma desconexão emocional, diluindo o impacto das críticas sociais propostas .(seriesporelas.com.br, conectageek.com.br)
Além disso, a ausência de coordenadores de intimidade durante as filmagens levanta preocupações sobre a exploração do corpo feminino em nome da “liberdade artística” . A atuação de Mikey Madison, embora competente, não compensa a falta de profundidade e autenticidade na narrativa.(omelete.com.br, oglobo.globo.com)
Ainda Estou Aqui: Uma Obra de Profundidade e Relevância
Em contraste, Ainda Estou Aqui oferece uma narrativa sensível e poderosa sobre uma família brasileira durante a ditadura militar. Com atuações memoráveis de Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, o filme mergulha nas complexidades das relações familiares e nas cicatrizes deixadas por um regime opressor. Sua abordagem cuidadosa e emocionalmente ressonante proporciona uma experiência cinematográfica profunda e significativa.
A recepção crítica reflete essa qualidade: Ainda Estou Aqui alcançou 96% de aprovação no Rotten Tomatoes, superando os 94% de Anora . Essa diferença, embora numérica, simboliza a superioridade artística e emocional da produção brasileira.(cinepop.com.br, omelete.com.br)
Mesmo assim, Ainda estou Aqui foi vencedor na categoria “Melhor filme Estrangeiro”.
🏆 Oscar 2025: Um Reflexo da Decadência da Academia
A escolha de Anora como Melhor Filme no Oscar 2025 revela uma Academia desconectada de narrativas autênticas e significativas. Ao priorizar filmes com estética provocativa e apelo internacional, a premiação negligencia obras que oferecem profundidade emocional e relevância histórica.
Essa tendência evidencia uma crise de identidade na Academia, que parece valorizar mais a aparência de progressismo do que o compromisso com histórias que realmente importam. A vitória de Anora sobre Ainda Estou Aqui não apenas desmerece o cinema brasileiro, mas também questiona a integridade e os critérios da premiação.
🎬 Conclusão
Enquanto Anora se destaca por sua superficialidade disfarçada de crítica social, Ainda Estou Aqui brilha como uma obra de profundidade, sensibilidade e relevância. A decisão da Academia em premiar o primeiro em detrimento do segundo é um sintoma alarmante de sua decadência e desconexão com o verdadeiro valor artístico. É essencial que o Oscar reavalie seus critérios e volte a reconhecer obras que realmente contribuem para o enriquecimento cultural e social do cinema.
Verdade Mundial 