Genocídio em Gaza: Israel mata mais 6 jornalistas

Imprensa vem sofrendo ataques mortais desde 2023 na nova guerra que parece não ter fim.

Na noite de segunda (10), um ataque de Israel à Cidade de Gaza matou pelo menos seis jornalistas, incluindo cinco trabalhadores do veículo do Catar Al Jazeera. Conforme a emissora, a ação foi direcionada a uma tenda que abrigava profissionais da imprensa, localizada em frente ao portão principal do Hospital al-Shifa.

Entre as vítimas estão Anas al-Sharif, Ibrahim Zaher, Moamen Aliwa, Mohammed Noufal e Mohammed Qreiqeh. A 6ª vítima é Mohammad al-Khaldi, descrito como “criador de um canal de notícias no YouTube” pelo grupo de direitos de imprensa Repórteres Sem Fronteiras.

O correspondente da al-Jazeera, Anas al-Sharif, na Cidade de Gaza em outubro de 2024 — Foto: AFP

Desde outubro de 2023, Israel acusa regularmente jornalistas palestinos em Gaza de ligação com o Hamas, o que, segundo grupos de direitos humanos, busca desacreditar as denúncias de crimes praticados pelo governo de Benjamin Netanyahu. Em quase 2 anos, Israel já matou mais de 200 profissionais de imprensa.

Israel vem violando a segurança de civis, sejam eles jornalistas ou não, há muito tempo. Nestes quase dois anos, o número de vítimas palestinas já ultrapassa 61.000, segundo dados das autoridades locais, reconhecidos pela ONU. A fome, uma das formas mais cruéis de ceifar vidas, está sendo usada como arma de guerra e só faz este número crescer: cerca de 197 palestinos, incluindo 96 crianças, morreram de fome desde o início do massacre, de acordo com autoridades de Gaza.

Centenas de milhares de palestinos na Cidade de Gaza têm lutado para ter acesso a alimentos devido ao bloqueio de Israel e aos ataques contínuos na Faixa de Gaza.

Acreditamos na imprensa livre, defendemos a segurança dos jornalistas e a garantia de suas atuações em qualquer situação, pois sabemos que a liberdade de expressão é um pilar fundamental para a democracia e o bem-estar social. E temos lado declarado: do rio ao mar, Palestina livre! É essencial que todos os povos tenham o direito de viver em paz e dignidade, e que suas vozes sejam ouvidas, independentemente das adversidades que possam enfrentar. A luta pela justiça e pela verdade deve ser ininterrupta, e estamos comprometidos em apoiar aqueles que buscam a equidade e a liberdade em suas terras, reconhecendo a importância de criar um futuro onde a coexistência pacífica seja a norma e não a exceção.

Os comentários estão encerrados.

Acima ↑

Descubra mais sobre Verdade Mundial

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue lendo