A MAÇONARIA E A HISTÓRIA DA SOCIEDADE

A Maçonaria é uma antiga fraternidade fraternal cujas origens remontam aos tempos medievais, com uma estrutura organizacional baseada em rituais e simbolismos. Embora seja frequentemente associada à influência política e social, sua ligação com os grandes bilionários do mundo é muitas vezes tema de especulação e teorias da conspiração, com alegações de que alguns dos mais proeminentes magnatas globais estão envolvidos em suas fileiras. As relações entre a Maçonaria e a elite financeira permanecem amplamente desconhecidas e envoltas em mistério…

Divindade secreta

Em uma carta de 1884, o papa Leão 13 denunciou o grupo como uma conspiração satânica contra a Igreja Católica. Cem anos depois, o jornalista Stephen Knight usou esse documento e entrevistas com maçons para alegar que eles são, sim, uma seita religiosa. Sua divindade seria Jahbulon, mistura de Jeová (o deus judaico-cristão), Baal (o deus-bode dos cananeus) e Osiris (o deus egípcio da morte).

Será mesmo?

Embora citasse os maçons, a carta papal na verdade era direcionada a todos que se opunham à ligação entre Igreja e Estado – uma tendência que, naquele momento, ganhava força no mundo todo. E, segundo maçons entrevistados por Knight, Jahbulon, que só aparece brevemente no Sagrado Arco Real, é um símbolo da aceitação a membros de diferentes religiões.

Jack, o maçom

O jornalista Stephen Knight também alegava que o serial killer Jack, o Estripador era um maçom de alto grau: Sir William Gull, médico da rainha Vitória. Seus crimes teriam sido ordenados pela cúpula maçônica para acobertar um casamento ilegítimo do Príncipe Albert Victor com a prostituta Annie Crook. Infiltrada na polícia, a maçonaria também atrapalhou as investigações

Será mesmo?

O próprio livro de Knight (que, depois, inspirou a graphic novelDo Inferno, de Alan Moore) já admite que a teoria parece fabulosa demais para ser plausível. Durante anos, outros investigadores do notório assassino de White Chapel apontaram vários “furos” nesse roteiro. O mais importante é que não há evidência alguma de que Sir William Gull era, de fato, maçom.

Delação premiada

O comerciante norte-americano William Morgan teve uma relação turbulenta com o grupo. Depois de um desentendimento na tentativa de fundar uma Loja na cidade de Batavia, em 1826, este suposto Mestre rompeu com a irmandade e prometeu revelar seus segredos em um livro. Desapareceu logo após fazer essa ameaça – supostamente, foi morto pelos maçons de Batavia.

Será mesmo?

O sumiço de Morgan pode ter sido exagerado à época para semear um sentimento antimaçom com intenções políticas. Em 1828, o jornalista Thurlow Weed criou o Partido Antimaçom, em oposição ao presidente Andrew Jackson, que fazia parte da ordem. Há também quem alegue que, mesmo que Morgan tenha sido assassinado, sua morte não foi, necessariamente, a mando da ordem.

A morte do papa

João Paulo 1º morreu de um suposto ataque cardíaco 33 dias após ser nomeado papa. em agosto de 1978. Conspirólogos acreditam que ele foi envenenado porque percebeu que Vaticano estava cheio de maçons infiltrados. O estopim da descoberta foi um esquema multimilionário de lavagem de dinheiro no Banco do Vaticano, amplamente registrado pela imprensa mundial.

Será mesmo?

O escândalo financeiro envolvia também o Banco Ambrosiano, cujo presidente, Roberto Calvi, realmente fazia parte da Loja Propaganda Due. Mas ela já havia sido considerada clandestina pelo Grande Oriente da Itália em 1976. E ninguém conseguiu provas contundentes de que a maçonaria estava envolvida no trambique ou na morte do Pontífice.

11 de Setembro

Em 2002, a revista de conspirações Paranoia alegou que o ataque ao WTC em 2001 foi o novo capítulo de uma guerra antiga. De um lado, os Hashashin, uma seita muçulmana do século 11, hoje representada pela Al Qaeda. Do outro, os Templários, atualmente sob a forma da maçonaria. As Torres Gêmeas seriam os pilares de Jachim e Boaz, símbolos importantes da irmandade.

Será mesmo?

Não há comprovações históricas que liguem a Ordem dos Cavaleiros Templários à maçonaria, ou os Hashashin à Al Qaeda, ou essa guerra imaginária às Cruzadas. As únicas “evidências” citadas pelo artigo são coincidências numerológicas com o número 11, que, segundo os conspirólogos, tem significado especial para os Templários.

A Nova Ordem Mundial

A teoria da conspiração mais proeminente alega que os maçons que encabeçaram a independência e a fundação dos EUA estavam dando início a um projeto gradual de dominação mundial. Nas notas de US$ 1, o Olho-que-Tudo-Vê no topo de uma pirâmide e a frase “Novus Ordo Seclorum” (“Nova Ordem das Eras”, em latim) seriam um recado: o mundo pertencerá à maçonaria.

Será mesmo?

As teorias da Nova Ordem Mundial ganharam impulso com a globalização no fim do século 20, o que reflete um desconforto com um mundo cada vez mais conectado e homogêneo. E embora existam vários autores que apontem diferentes líderes por trás dos planos de dominação mundial (maçons, os Illuminati, os reptilianos), ninguém forneceu evidências conclusivas de nada.

A chegada do homem à Lua

Outro ponto em que conspirações se cruzam: a chegada do homem à Lua. Há teorias de que a Maçonaria usou a viagem para realizar rituais pagãos – e que o astronauta Buzz Aldrin teria plantado uma bandeira do Rito Escocês lá. Outras sugerem que os maçons arquitetaram a missão Apollo 11. Seu verdadeiro objetivo era analisar estruturas alienígenas no lado escuro do satélite

Será mesmo?

A conspiração remonta a uma edição da revistaThe New Agede 1969, em que o gerente da Nasa Kenneth S. Kleinknecht dizia haver vários maçons na instituição. Mas isso não chega a ser segredo: a ordem sempre se orgulhou de estar envolvida em avanços científicos. Numa entrevista de 2009, Aldrin disse que houve um pedido para levar a bandeira para a Lua, mas ele recusou.

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